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Também já fui moço.
E por conseguinte,
Já acreditei na mocidade.
Em seus propósitos políticos,
Em suas ideologias
E em sua idoneidade.
Hoje, resignado,
Não sou mais que uma murcha flor
Em um vaso abandonado,
Esperando ser removida.
Ou posta ao Sol,
Esperando ser...
Regada.
Fartei-me de tantas promessas,
De tantas farsas.
Meu olhar penetra na falsa pele
E revela-me o prazer das maquiagens.
Tudo em mim causa desconfiança,
Do sacrifício ao alcance da glória.
Em mim, tudo passa,
Nada permanece.
E por mais que as emoções me dominem...
Meu corpo é um recôndito de velhas mobílias.
E o meu coração é pacato e dócil, não trepida jamais.
Não compreende mais revoluções nem .
E quase se exaure de tanta monotonia.
Mas se surgem batalhas,
Ah!... se surgem batalhas...
Ele logo se metamorfoseia em praga
E perde toda a calma acumulada.
Já não aceita as derrotas.
Então adere a todas as revoltas,
Num breve anseio de reconhecimentos e conquistas.
Mas logo ao término dos confrontos
Volta a dormir profundo,
Chegando, às vezes, a confundir
Vivos e defuntos.
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