a imagem ilustrativa acima encontra-se no end.link. abaixo; verboproverbo.blogspot.com |
Minha vida é um conjunto de horas mortas,
Um santo sem adoradores...
O pôr-do-sol no fim de uma rua sem admiradores,
Um céu sem andorinhas.
Tive nos braços quem eu tanto quis
- Fugiu-me não sei como...
... Deixou-me não sei por quê.
Sinto falta de tudo nesta vida:
Do amigo imprestável,
Da ventania que sacode os barracos de dia,
Das moças não moças que traem seus amantes
Com devoção e alegria...
Quase não vejo o que se passa diante dos olhos.
Me cega a vista a necessidade de não VER.
Me queima as palmas a vontade de não tocar...
Me amputa as pernas a vontade de ficar.
Tenho o meu coração, mas prefiro não tê-lo de vez em quando...
Mas vem a noite e ergue contra mim seus braços...
Me delinque
Me corrompe,
Me deprime...
Ah, se dormir bastasse para aliviar a dor...
Mas nem o sono vem,
Nem tão logo retorna o dia...
Ah! Essas miseravéis horas mortas que alimentam minha agonia!
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